quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

enxaqueca

Eu tinha um professor no cursinho que dizia que há dois tipos de pessoas no mundo.
Gente que tem dor de estômago e gente que tem dor de cabeça.
Se este é o caso (é claro que tem gente que não tem nada disso), eu pertenço ao segundo grupo. O da dor de cabeça.
Eu tenho enxaqueca.
E tive um ataque hoje à noite. Estava tendo até náusea por causa da enxaqueca.
Tomei comprimido, fiquei no escuro, nada adiantou.

Mas mesmo assim consegui postar mais um capítulo.
Tá vendo como eu sou bacana? :)
Mas eu tô melhor.

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Muita gente me perguntando se a história está no fim.
Eu não consigo calcular quanto ainda falta exatamente (pra ter uma idéia de porcentagem, por exemplo).
Mas posso dizer que a partir de agora as coisas vão andar mais rápido - como você já deve ter notado.
Mas tem um bocado de coisas pra acontecer.
E muuuitas surpresas (risada maquiavélica).

dois livros maravilhosos

Eu não postei o capítulo ontem porque comecei a ler um livro absolutamente FANTÁSTICO chamado "A hearbreaking work of staggering genius". O autor é um cara chamado Dave Eggers.
Eu não sei se existe tradução em português.
(Se você sabe de uma tradução, avise aqui).

Eu nem sei como começar a descrever o livro. É basicamente um livro de memórias, onde o autor conta sobre a morte da mãe por câncer. É engraçado, triste, emocionante, incrível mesmo.
Ainda estou no começo, mas recomendo.

Outro livro que eu estou lendo é "Interpreter of Maladies" da Jhumpa Lahiri. Também não sei se foi traduzido. Ela escreve de um jeito tão lindo que dá vontade de nunca mais tentar pôr nada no papel. O sentimento de incompetência é avassalador.

Mas vou tentar terminar mais um capítulo hoje.

respondendo aos emails e comentários

Sobre o post "Raiva" eu recebi - além dos comentários aqui no blog - alguns emails. Um particularmente interessante de alguém que trabalha (ou trabalhou) numa dessas unidades para reabilitaçao de adolescentes. Ela me explicou o contexto em que foi criada o ECA e me mostrou coisas que eu não sabia. Mas no final, acabou concordando que a execução da lei é problemática.

Outras leitoras levaram meu comentário para o lado pessoal. Não gostaram de saber que eu tenho uma visão tão pessimista do nosso país.
Esta é a minha opinião. E pelo menos por enquanto (até que o PT consiga interferir mais ativamente na liberdade de expressão dos indivíduos) eu tenho o direito de tornar público o que eu penso. Assim como você tem o direito de dizer que discorda.
Eu acho que o Brasil não muda. Quanto mais eu leio a respeito (e eu leio muito), mais me convenço de que a coisa não vai melhorar. Você pensa diferente? Tudo bem. Traga argumentos para a conversa. Diga porque você acha que vai mudar.

Alguém disse que não adianta culpar as autoridades. Concordo. E não foi isso que eu falei. Minha birra é com a impunidade. E ela resulta de uma combinação de fatores onde não dá pra apontar o dedo e dizer: "A culpa é da idade limite de maioridade penal" ou "A culpa é do governo" ou ainda "A culpa é do sistema capitalista que gera desigualdade". é tudo isso e mais um pouco. São coisas como leis brandas para crimes graves, leis bonitas no papel mas que não funcionam num contexto de Brasil, um Estado que não cumpre seu papel, legisladores que legislam em causa própria e não ligam para o povo, uma tendência meio geral de se pensar que dá pra burlar a lei sempre, e um monte de outras coisinhas que fazem impunidade uma característica do sistema brasileiro.
Combater a impunidade no Brasil resulta de um esforço concentrado de muita gente (nós, os políticos, os legisladores) e isso requer uma maneira diferente de pensar; o que, na minha opinião, não vai acontecer.

Eu nunca disse que o problema são os bandidos. Gente desprezível tem em todo lugar. Gente que faz maldade e que também mataria um garoto como o João por um motivo fútil. A gente tá cansado de ver gente saindo por aí nos EU e atirando a esmo e matando por esporte. Mas naquele país, geralmente paga-se pelo crime cometido. No Brasil, isso nem sempre acontece. Eu leio nos jornais todos os dias sobre gente que transgrediu a lei e se deu bem. Isso enche o saco.

Minha sugestão a você é que passe um tempo lendo um sujeito chamado Reinaldo Azevedo. Eu não concordo com exatamente tudo o que ele fala, mas ele é uma das mentes mais lúcidas pra comentar sobre o Brasil. Leio sempre o que ele fala. Se você é de esquerda, não vai gostar. Ele vai te mostrar que o pensamento esquerdista é uma das coisas mais nocivas ao Brasil (está ali competindo em pé de igualdade com a praga da impunidade).
E eu concordo totalmente.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Raiva

Estou com raiva desse país. Sabe qual é a praga que não deixa esse país andar? IMPUNIDADE!
Quem rouba dinheiro público não vai pra cadeia. A começar pelo presidente, que enriquece a própria família. Quem mata por esporte também fica livre.

Você viu o que aconteceu com o garotinho que foi arrastado pela rua?
E você sabe o que vai acontecer com os adolescentes que fizeram isso? Nada.

E em alguns dias ninguém mais fala disso. Até outra atrocidade assim acontecer. Talvez alguns saiam nas ruas com bandeiras brancas e velas acesas pedindo paz. Como se isso mudasse alguma coisa.

A lei que deixa impune um animal de 16 anos que comete uma coisa dessas, não vai permitir que ele seja preso. Ele vai pra um lugar onde teoricamente vai ser "reabilitado". Existe reabilitação pra quem faz isso?

E quem pode mudar a lei não o faz. Porque mesmo? Só um país atrasado como o nosso pra ter uma lei como essa.

E em alguns dias, todo mundo vai sair às ruas pra dançar e celebrar a própria miséria.
Esse país não tem mais jeito.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Overdose

Você está tendo overdose de Ana e Helena...
Espero que não enjoe.
Só pra explicar... a história está terminada. Estou simplesmente pondo no papel. Não é tão simples quanto parece e por isso leva um tempo pra eu escrever um capítulo, mas está dando pra andar com a história.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

muita música, pouco tempo

Eu tenho um problemão.
Olha só...
Eu não consigo escrever ou estudar com música.
Você consegue?
Já tentei de tudo, mas não vai. Pra estudar eu preciso de silêncio absoluto.
Eu me distraio, presto atenção na letra, no arranjo e esqueço o livro ou o que estou escrevendo.
Mesmo se for só instrumental, eu não consigo não prestar atenção na música.
O pior é que eu adooooooro música (você já deve ter notado, né?).
Tenho tanta coisa legal pra ouvir e me falta tempo pra curtir tudo. O que eu gosto de fazer mesmo é usar o fone de ouvido (tenho um bem legal) e me deitar na cama, fechar os olhos e ouvir tudinho da música.
Mas e tempo pra fazer isso?
O que me resta é ouvir música pra acompanhar aquelas tarefas mecânicas tipo lavar louça, limpar o apartamento, cozinhar. Mas isso não toma muito tempo. Tenho uma fila quilométrica de coisas legais pra ouvir. Essa fila só perde pra fila quilométrica de coisas pra ler.

Espero que seu domingo seja bem gostoso.

(Hoje eu tô ouvindo Fafá de Belem. O cd de 2005 onde ela canta Chico Buarque. Que voz deliciosa aquela mulher tem.
Imagina ela falando ao seu ouvido... Hmmm...)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

uma estrátegia

Aconteceu uma coisa interessante...
Eu me sentei pra escrever ontem e trabalhei no conto até as duas da manhã. Foi bem produtivo. Fiquei até surpresa.
E hoje também consegui escrever bastante.

Descobri que eu estava meio travada pra escrever porque estava pensando demais. Estava com medo de cometer erros e não conseguia pôr as coisas no papel. Aquele formato do XinB é terrível. Não dá pra revisar o que se escreve. O blog está me ajudando porque eu fico pensando que posso voltar e consertar alguma coisa errada.

Bom... eu desencanei. Tenho certeza de que estou cometendo alguns erros e esquecendo alguma coisa (espero que nada que não dê pra consertar depois), mas depois que eu relaxei um pouco, as idéias começaram a fluir.

Espero que continue.

Beijo pra você e um ótimo fim de semana.
Olha uma dica legal que eu li numa revista.
O que acontece se de repente sua casa pegar fogo e você tiver que sair correndo e não puder carregar com você aqueles documentos mais importantes (diplomas, apólices, passaporte, etc.)?

Você tem máquina digital?
Já pensou em tirar fotos destes documentos todos e manter tudo isso na sua conta de email?
Assim, se alguma coisa acontecer com os originais, pelo menos você tem as versões digitais. Elas não substituem os originais, mas numa situação de emergência podem ser incrivelmente úteis.

Eu fiz isso no domingo. Agora tenho todos meus documentos num backup online.

Se você não confia muito em email e tem medo de ter sua conta acessada por outra pessoa, pode encriptar o arquivo e criar uma senha pra abri-lo.

PS... cê viu que tem capítulo novo do conto? Espero que você goste.

Beijo
Um dia produtivo pra você.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Estar apaixonada...

Estar apaixonada é uma delícia.

Pus um cd velho do Ivan Lins no mp3 player e fiquei ouvindo aquelas músicas melosas falando de “eu te amo”.
Viajei.
Por 40 minutos esqueci do mar de reverb, das rimas às vezes tão previsíveis, daquele som do teclado dele (que eu nem sou muito fã).
Não me entenda mal. Eu gosto muito dele. Mas esse álbum dele não é exatamente meu favorito.

Mas e daí? Quem liga?
Eu fico pensando nela, no que ela tá fazendo, em quando exatamente ela vai me ligar nesse domingo. E a única coisa que eu quero fazer é mandar a música pra ela, pra ela poder ouvir e sentir a mesma coisa. (você também faz isso?)

Fiquei ouvindo aquelas letras falando do “nosso amor tão sincero”, do “eu ainda te procuro, no claro ou no escuro...” que me esqueci que a música nem é lá aquelas coisas.

Quando se está apaixonada, as letras fazem todo sentido do mundo. Você acha que ele tá cantando pra/de você.

Eu acho que é por isso que música é tão especial. Ela faz um pouquinho mais tangível esse negócio tão inexplicável que é estar apaixonada. Não explica patavina nenhuma. Mas pelo menos dá pra dizer “eu to me sentindo exatamente como diz aquela música”.

Me emociona o seu carinho
início de redemoinho
E voce vira minha dona
Uma gazela uma amazona
Me cavalgando no cio
Transbordamento de rio
Uma araguaia um tocantins
Eu sempre quiz amar assim
Sem começo e sem fim...

Me emociona o seu carinho
Amor que vem da natureza
É agua fresca divina
Que escorrem por entre os dedos
Molhando o peito e a camisa
Derramamento de vida
Uma araguaia um tocantins
Eu sempre quis amar assim
Sem começo e sem fim....


Espero que teu domingo esteja sendo bem gostoso.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

um a menos

Notícia boa...

Acabei de terminar um trabalho chatíssimo que estava empacado há dois meses. Era pra ter entregado em dezembro.
Agora só tem um pra esse fim de semana.
Acho que vai dar pra escrever.

E você? Também tá correndo muito aí?

Beijo,

Juliana